LAYSE DE LUNA BRITTO


Layse de Luna Britto é poetisa e cronista juazeirense. Filha de Jackson de Oliveira Britto e Isaura de Luna Britto, veio ao mundo no mês de novembro de 1938. Seu avô fazia poesias e sua bisavó, apesar de ser analfabeta, produzia trovas. Layse começou a escrever nos “tempos do Colégio”, e nunca mais parou. Ganhou o primeiro lugar no concurso Literário COELBA, e no Congresso Eucarístico de Petrolina, ocasião em que criou o seu primeiro poema. Foi a primeira cronista do Programa Radiofônico transmitido pela Rádio Juazeiro, “É Nós, Para Onde Vamos?”, para o qual escreveu ainda por muitos anos. É a autora da letra do Hino de Juazeiro, e já teve poesia musicada por Edésio Santos, a qual foi vencedora do Festival da AUJ (Associação dos Estudantes de Juazeiro). Não tem livros publicados, pois, segundo ela, o custo é muito alto e a valorização não é devida. Atualmente, é membro da Academia Juazeirense de Letras e está concluindo a produção do livro “Juazeiro: rumos e sua história na educação e cultura”, que será a sua primeira publicação.

SEBASTIÃO SIMÃO FILHO

Paraibano, nascido em 29 de março de 1965 na cidade de Souza, Sebastião Simão Filho muito contribuiu com a sua poesia para a riqueza literária de Juazeiro-BA. Filho de Sebastião Simão de Sá e Luzia de Melo Sá, diretor de teatro, solteiro e pai de uma filha, Sebastião fez poesia e teatro nas cidades ribeirinhas, Petrolina e Juazeiro, além de participar de festivais de teatro e de poesia.

Encenou no SESC de Petrolina ”Homens de Papel” de Plínio Marcos e se destacou, dentre vários outros motivos, por declamar seus poemas e os de outros autores, com ênfase, vislumbrando chocar o público com palavras e jargões anti-burgueses e anti-religiosos. Sebastião Simão Filho publicou textos em jornais e o livro Giarmada e Outros Poemas em 1987, com a contribuição da Diocese de Juazeiro por meio de D. José Rodrigues, além de ter participado do movimento Folias Poéticas.


Segundo o autor, sua obra tem influências de Camões, Fernando Pessoa e Manuel Bandeira. Para ele, a arte nada mais é que “a manifestação do inconsciente ou um ato de camuflagem ou de uma rebeldia sarcástica, cínica e saúde”. Atualmente, Sebastião mora em Recife-Pe e dirige o espetáculo Odemar, adaptação do poema "Ode, Maritima", de Fernando Pessoa.

FONTE: "Poética Ribeirinha" de Elisabet Moreira.

POEMAS DE GIARMARDA
I PARTE

VI


Há em mim um instante-silêncio
um instante-silêncio-profundo, quase místico.
Há em mim esse instante em que vou ouvindo e
vendo tudo como tudo é:
vou vendo flores como flores
e ouvindo pássaros como se ouvem pássaros.
É um instante de existencialismo também:
flores são flores,
canto de pássaros é canto de pássaros
e assim, se assim vou,
sem adjetivar nada,
é porque sinto a tua presença ao meu lado.
Nesse instante-silêncio-profundo, quase
místico
só tenho inteligência pra te sentir
e por isso não pondero as flores que vejo
nem o canto dos pássaros que ouço
pois vejo as flores
e ouço o canto dos pássaros
pensando e ouvindo a ti.
No místico que há em mim
eu vou por aí cheio de ti.

(Livro Poemas de Giarmarda (e) outros Poemas, Juazeiro-ba, abril/1987)


Por Edilane Ferreira
Fonte: O arquivo de Maria Franca Pires: memória e história cultural na região de Juazeiro-BA, e a obra “Poética Ribeirinha” de Elizabet Gonçalves Moreira.

LÚCIO EMANUEL


Lúcio Emanuel José da Silva nasceu em 02 de novembro de 1950, na cidade de Juazeiro-BA. É filho da professora Vanda Marinone da Silva e de Mário José da Silva, já falecido. Casou com a Dona Sônia Malena Barbosa Coelho da Silva e tem três filhos: Lúcio Emanuel José da Silva Filho; Rosa Malena e Daniel, o mais novo. Lúcio Emanuel é médico, formado pela Universidade Federal da Bahia, e advogado, pela Universidade Católica do Salvador, na extensão que foi instalada em Juazeiro há alguns anos atrás.

Apesar de ser médico e advogado, Emanuel afirma que a poesia é a prioridade em sua vida. Escreveu o seu primeiro livro, “Poeira de Luz”, quando tinha treze anos de idade, e publicou aos 17 anos. Tem 11 livros publicados, todos por conta própria. Por essa razão, costuma dizer que só tem bons leitores, pois ele mesmo os escolhe e presenteia-os com a sua riquíssima produção literária. Lúcio Emanuel também escreveu crônicas durante muitos anos para o programa “E Nós, Para Onde Vamos?”, e para jornais da imprensa local. Atualmente, está elaborando o seu primeiro livro em prosa acerca da história de Juazeiro.